Cantor Pablo do Arrocha o "Rei da Sofrência"
O fenômeno Pablo, a voz romântica, chega ao Recife para comandar a Noite da Sofrência, nesta sexta-feira (28), no Clube Internacional. Ele traz, pela primeira vez, a turnê É só dizer que sim, mesclando sucessos que marcaram a carreira como Fui Fiel, Baby e A casa ao lado, e ainda os hits Vingança do amor, Por que homem não chora, Tá fazendo falta, Embolou, Bilu bilu, entre outras. A noite também terá shows da Banda Torpedo e do cantor Léo Guilherme.
As canções do baiano conquistaram o público recifense. Tem tocado em todas as rádios e invadiu o repertório de diversos grupos locais, sendo indispensáveis nas baladas da Zona Norte à Zona Sul. “Eu falo de amor, reconciliação, e perda daquele amor. Acredito que as pessoas tem se identificado com as letras, seja em um pedido de reencontro, ou em uma conquista”, observa o criador do termo “arrocha”.
Pablo ganhou o aval dos conterrâneos e gravou parcerias com Ivete Sangalo, Alinne Rosas, Daniela Mercury, Claudia Leitte e Tattau do Araketo, no seu primeiro DVD Oficial, gravado pela Som Livre.
Por onde passa, arrasta uma legião de fãs, que vão de criancinhas até os mais experientes. “Antigamente, a música do Pablo era dita como brega pelos ricos. A classe ‘A’, os tais mauricinhos e patricinhas, se renderam”, aponta. “O sucesso vem do público, se eles não tivessem abraçado meu trabalho, não estaria aqui. Eu acredito no amor, sou um eterno apaixonado”, completa o artista com treze anos de carreira, sendo quatro deles dedicados ao projeto solo.
Um dos temas cantados por Pablo é a traição/amor não correspondido, em versos melódicos que fazem com que ele seja apontado como o novo “porta-voz dos cornos”, tal como o Rei Reginaldo Rossi. “É um prazer para mim ser comparado a esse mestre da música. Reginaldo Rossi fez e deixou história”, comemora.
Pablo já gravou 10 CDs e 4 DVDs. Por mês, ele realiza cerca de 30 shows pelo Brasil, com maior reconhecimento no Norte e Nordeste. Em 2015, o cantor planeja gravar novo DVD.
Já ouviu falar em "sofrência"? Conheça o pernambucano criador do personagem
Pernambucano Fabinho Sofrência do WhatsApp
Os refrões entoados pelo cantor Pablo, baiano autointitulado inventor do arrocha, extrapolaram o campo da música. A voz arrastada, quase desesperada dos trechos à base de dor de cotovelo (basta dar uma ouvidinha em Homem não chora), deu margem à criação de um novo termo para se referir a um momento clímax da tristeza: a sofrência. A palavra virou selo autenticado de sofrimento em incontáveis vídeos e áudios espalhados na internet, nas redes sociais e, principalmente, no aplicativo dos smartphones WhatsApp. Vai dizer que nunca recebeu no seu celular?
Os comentários mais engraçados em cima das músicas do cantor são obra de um pernambucano de Lajedo, a 196 quilômetros do Recife. O vendedor Fábio Francisco de Melo, 33 anos, rebatizado como o humorista Fabinho Sofrência, conseguiu notoriedade pelo personagem criado. Seja pela voz engraçada, pelo sotaque carregado ou pelo das gírias tipicamente nordestinas. Ao fundo, os acordes marcantes do metal e teclado na introdução das músicas se encaixam com os assuntos abordados. Assim nasceu, garante Fábio, o fenômeno sofrência, rapidamente disseminado pela tecnologia - até mesmo nos vídeos caseiros produzidos diuturnamente.
O neologismo, do qual Fábio se diz criador, passeia entre aquele que foi traído ou teve um amor não correspondido. Ou seja, é uma variação da famosa “dor de cotovelo” - tão bem sedimentada no imaginário nordestino pelas letras de brega, em especial com o Rei Reginaldo Rossi. Segundo Fabinho, tudo começou quando ele gravou um áudio para um amigo que tinha sido “corneado”. “Eu já tinha uma veia humorística e costumava mandar áudios para os grupos. O pernambucano sabe fazer: é só brincar de trocar as palavras”, explica. A fórmula deu certo. Hoje, Fabinho se comunica com admiradores de várias partes do Brasil: Norte e Nordeste, Brasília, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
41 mil
seguidores do Instagram
500
novos seguidores por dia
560
publicações
3 mil
curtidas por postagem
PABLO
2,3 milhões
acessos no Palco mp3
12 anos
de carreira
9 CDs
3 DVDs
Os termos propagados por Fabinho Sofrência
Sofrência | O mesmo que sofrimento acentuado. Ação contínua de sofrer.
Mal iloviado | Indivíduo que não é amado. Aquele que ama e não é correspondido. Corruptela de “I love”.
Seduzência | O mesmo que seduzir. Acão de sedução. Criada a partir das fotos “mais ousadas” compartilhadas em grupos no WhatsApp.
Febre do rato / Febre tife | Expressão pernambucana para algo considerado muito ruim.
Besta fera | Termo usado para descrever alguém muito bravo ou furioso.
Hits de Pablo
“Estou indo embora agora, por favor não implora. Porque homem não chora”, da música Homem não chora
“Acho que eu não fico mais um dia sem te ver, tá faltando tudo só por falta de você”, no hit A casa ao lado
Fonte: Diário de Pernambuco
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