BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE BOM JESUS-RN
Praça Padre João Maria, Igreja do Sagrado Coração de Jesus-RN
Caros Leitores do Blog 100% Bom Jesus-RN, inicio esta postagem agradecendo a todos o carinho e o respeito que todos tem ao Blog, e que sempre nos procuram para manter-se informados, só que desta vez a informação a que muitos munícipes me procuraram através do Aplicativo WhatsApp foi para saber da História do Município de Bom Jesus-RN.
Eu pensei comigo mesmo: Eu resolvo essa parada em dois tempos entro em um Site de buscas e coloco a história que tem lá...Sem querer desmerecer nenhum Site, mas o Site que aparece no topo é o Wikipédia, este site é um Site Colaborativo, ou seja qualquer internauta pode mudar seu conteúdo, então eu fui a fundo e encontrei dois livros e uma monografia que poderiam melhor contar a História do Município de Bom Jesus-RN: "Terras Potiguares" de Marcus César e Cavalcanti de Morais publicado em 2007 e "Nomes da Terra" de Luis da Câmara Cascudo publicado em 1968 e o Professor Reginaldo Nóbrega realizou uma intensa Pesquisa sobre a História de Bom Jesus-RN e fez uma Monografia em 2003 e Monografia do Professor Diego Salomão Candido de Oliveira Salvador.
Observação: Como dito no inicio desta postagem o Município de Bom Jesus-RN não Possui um "LIVRO" contando especificamente sua história, trago aqui apenas uma Pesquisa realizada em dois Livros e duas Monografias que não são de fácil acesso. Como o meu Blog tornou-se referencia a cidade de Bom Jesus-RN e a facilidade de chegar até esse conteúdo, disponibilizei aqui trechos destes trabalhos de enorme riqueza sobre a História do Município de Bom Jesus-RN. Deixando aqui o meu respeito aos autores das Monografias o Professor Reginaldo Nóbrega e o Professor Diego Salomão Candido de Oliveira Salvador.
Observação: Como dito no inicio desta postagem o Município de Bom Jesus-RN não Possui um "LIVRO" contando especificamente sua história, trago aqui apenas uma Pesquisa realizada em dois Livros e duas Monografias que não são de fácil acesso. Como o meu Blog tornou-se referencia a cidade de Bom Jesus-RN e a facilidade de chegar até esse conteúdo, disponibilizei aqui trechos destes trabalhos de enorme riqueza sobre a História do Município de Bom Jesus-RN. Deixando aqui o meu respeito aos autores das Monografias o Professor Reginaldo Nóbrega e o Professor Diego Salomão Candido de Oliveira Salvador.
Antes de contar a História compreendam que:
O Território Potengi Compreende 11 municípios na mesorregião do Agreste Potiguar:
O Território Potengi é composto por 11 municípios: Barcelona, Bom Jesus, Ielmo Marinho, Lagoa de Velhos, Santa Maria, Riachuelo, Ruy Barbosa, São Paulo do Potengi, São Pedro, São Tomé e Senador Elói de Souza. (Dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário).
FORMAÇÃO TERRITORIAL DE BOM JESUS
A história da formação territorial de Bom Jesus tem início no século XVIII, mais precisamente em 04 de dezembro de 1754. É quando uma extensa sesmaria, localizada desde Anta Esfolada (hoje o município de Nova Cruz-RN) até ao redor da Lagoa da Panela, é doada ao padre José Vieira Afonso. A partir de então, constitui-se nesse território um povoado calcado na criação de gado e no cultivo de algodão e lavouras de subsistência (mandioca, milho e feijão).
Em 7 de fevereiro de 1820, os direitos de posse da sesmaria são dados a José Félix do Rego Barros, o qual recebe-os na Lagoa da Panela, que, segundo Cascudo (1968), no decorrer do século XIX, passou a ser denominada de Panelas, no plural. A denominação de Panelas passou a ser dada não somente à lagoa, mas também ao povoado, em função da existência de famílias que confeccionavam panelas de barro nas proximidades da lagoa, utilizando-se da matéria-prima presente nessa, o que teve grande importância para a ocupação e povoamento local.
Sobre o nome Panelas dado ao povoado, Nóbrega (2003, p. 23) ratifica esse fato através da citação do trecho de uma entrevista realizada em 1986, com um morador antigo do município, o qual afirmou que:
a cidade chamou-se um dia Panelas, por causa de uma família de caboclo índio ter vindo do agreste paraibano e ter se localizado à margem da Lagoa e aí iniciado a fabricação de panelas de barro e, por meio dessa atividade econômica, teve início uma feirinha de louceira à margem da referida Lagoa, surgindo daí o nome de Lagoa das Panelas.
O povoado de Panelas consegue expandir-se socioeconomicamente, tanto que Ferreira Nobre (apud CASCUDO, 1968) afirma ser, em 1877, Panelas já uma povoação com feira e policiamento, localizada a nove léguas de Natal. Outrora, Panelas passou a chamar-se Capoeiras. Entretanto, Cascudo (Ibid.) afirma que a denominação popular continuou sendo Panelas.
No século XX, alguns acontecimentos dão impulso à continuidade da expansão do povoado. Cascudo (Ibid.) declara que em 1916 é instalada uma parada de automóveis no local, o que o anima e aumenta o seu intercâmbio comercial e social. O transporte que passava pelo povoamento representou prosperidade e intensificação da expansão. Em 1917, é construída a Capela do Sagrado Coração de Jesus, hoje padroeiro do município. E em 1923, cria-se a primeira escola, fator importantíssimo para o desenvolvimento da sociedade local. O conhecimento popular fornece a informação de que essa primeira escola é hoje a chamada “Natália Fonseca”, Na atualidade é uma escola estadual, localizada à Rua Almir Freire, no centro da cidade de Bom Jesus.
Foto: Internet
Em 1936, o povoamento de Panelas tem a sua denominação alterada para a atual Bom Jesus, isso em função de um acontecimento pitoresco, de ordem religiosa, relatado por Nóbrega (2003, p. 23):
a antiga povoação de Panelas passou a chamar-se Bom Jesus em virtude da interferência do Frei Damião de Bozzano. Durante uma missão por ele realizada, estando em frente à capela [local] afirmou que o nome do lugar deveria ser mudado, alegando que Panelas terminaria em cacos. Considerando que a capela era consagrada ao Coração de Jesus sugeriu que a nova denominação fosse Bom Jesus. A idéia foi enviada para aprovação da Assembléia Legislativa, através do Deputado Estadual Ezequiel Xavier Bezerra, natural da povoação, sendo aprovada e transformada em Lei no dia 10 de novembro de 1936, sob o nº 31.
EMANCIPAÇÃO
A partir de então, Bom Jesus passou a integrar diversos municípios do Rio Grande do Norte. Primeiro, ficou atrelado a Macaíba, até o ano de 1953. Nesse ano, foi criado o município de Serra Caiada, ao qual Bom Jesus passou a pertencer. Em 1958, o território de Serra Caiada foi fragmentado, dando origem ao município de Senador Elói de Souza. Bom Jesus passou então a ser subordinado a Elói de Souza.
Essa situação de subordinação a outros municípios incomodava as autoridades locais da época, as quais requeriam autonomia frente às dos outros municípios que exerciam poder sobre Bom Jesus, particularmente às de Elói de Souza. Além disso, era visível, segundo os moradores da época, que Bom Jesus crescia com maior intensidade do que o município ao qual estava atrelado, no caso Elói de Souza. Esses fatores fizeram nascer um desejo pela emancipação política de Bom Jesus.
Esse desejo caminhava aliado ao desenvolvimento em âmbito nacional de uma política, regida pela Constituição de 1946, que destacava e favorecia a autonomia municipal. Gomes (1998, p. 88) declara que essa Constituição chegou a ser chamada de “Municipalista”. Diante disso, favoreceu-se a criação de novos municípios no Brasil, visando à ampliação de centros de consumo, bem como a (re)produção de novas classes políticas nacionais e estaduais. Seguindo esse contexto, foram criados no Rio Grande do Norte, de 1945 a 1964, 109 municípios, inclusive o de Bom Jesus (Ibid.).
A emancipação de Bom Jesus foi realizada em 11 de maio de 1962, através da Lei nº 2.794, quando esse foi considerado um novo município do Rio Grande do Norte. Em 03 de junho de 1962, através de uma solenidade que contou com a participação de autoridades estaduais e locais, instalou-se o município de Bom Jesus. Entretanto, houve uma contestação da criação do município, a qual não se sabe a procedência. Esse acontecimento atrela-se ao pensamento de Santos (2004), de que a evolução socioespacial de um local não é fundamentada apenas nos interesses da sociedade que o integra, mas também nos de forças sociais externas. Porém, em 26 de março de 1963, a Lei nº 2.853 ratificou a criação do novo município.
Vale frisar que durante todo esse processo de emancipação a população local pouco ou nada participou. Pode-se até dizer que a emancipação bonjesusense foi calcada muito mais em ações políticas do que sociais. Isso é comprovado por Gomes (1998) quando analisa a construção territorial do Rio Grande do Norte, concluindo que a criação da maioria dos municípios desse estado seguiu, acima de tudo, preceitos institucionais e políticos, e não sociais.
O Atual Prefeito é o Senhor Edmundo Aires de Melo Júnior(Júnior de Dona Lourdinha) e a Vice Dona Zezé de Moacir Reeleito em 2012
Para administrar o novo município de Bom Jesus, foi nomeado, pelo Governador do Estado, o Senhor Aluísio Alves a pessoa de Aristeu Ramalho Leite. Este permaneceu no Cargo até a realização da Eleição de 07 de Outubro de 1962.
ACONTECIMENTOS MARCANTES
Da emancipação municipal até a realidade atual, podem-se citar mais alguns acontecimentos marcantes para a construção territorial de Bom Jesus, como:
- Em 1986, o município dispunha de fornecimento de água encanada e energia elétrica para a maioria de sua população;
- Em 1990, foi criada a Lei Orgânica Municipal;
- Em 1997, foi realizado o primeiro concurso público em Bom Jesus, bem como regularizada a situação dos funcionários públicos locais;
- Em 2000, foi firmado um convênio com a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) para a qualificação superior em Pedagogia dos professores da rede municipal de ensino;
- Em 2004, foi apresentado na Câmara Municipal dos Vereadores e enviado ao Banco Mundial um projeto para a revitalização da Lagoa das Panelas, o qual ficou apenas no papel;
- Em 2005, aconteceu a formatura dos professores municipais graduados pela UFRN.
Prefeito Edmundo Júnior ao lado da Primeira Dama Débora Cunha
- Em 2012, o Prefeito Edmundo Aires de Melo Júnior, foi o primeiro Prefeito a ser Reeleito
ASPECTOS ECONÔMICOS
Em relação aos aspectos econômicos da sociedade bomjesusense, pode-se dizer que esses seguem na atualidade a histórica tendência da fundamentação na pecuária e na agricultura de subsistência. Além disso, é importante dar destaque aos vínculos empregatícios públicos (estaduais ou municipais), os quais são obtidos localmente por meio de concursos ou contratos temporários. Contudo, não há no município grandes indústrias e/ou instituições privadas que possam criar postos empregatícios para os moradores. Em função disso, um dos problemas que mais afeta a qualidade de vida da população local é a falta de empregos.
LAZER
Para o lazer da população, existem o Balneário, Praça dos Quiosques, Arena clube em funcionamento e alguns comércios como lanchonetes, pizzarias, videogames, mercados e supermercados. Além disso, a cidade dispõe de praças públicas, de uma quadra coberta de esportes, de um campo de futebol, de um ginásio esportivo e de uma biblioteca, a qual é pouco apreciada pelos habitantes.
PONTOS TURÍSTICOS
Os pontos turísticos locais são definidos pelo IDEMA (2005) como sendo a Lagoa das Panelas, as olarias locais e uma rocha metamórfica denominada de Tonalito Gnaisse e datada de 3,4 bilhões de anos, presente na Fazenda Tanques.
Entretanto, o primeiro desses pontos encontra-se degradado ambientalmente e as olarias locais praticamente não existem mais, então não podem ser consideradas como pontos turísticos, pois representam fonte de poluição para a sociedade bonjesusense, sendo responsáveis por doenças respiratórias que atingiam a população.
FESTAS POPULARES
As principais festas populares do município são a do padroeiro municipal – Sagrado Coração de Jesus – que ocorre de 13 À 23 de Novembro; a que festeja a emancipação política em 11 de maio; as comemorações juninas; e as festas natalinas.
Além disso, é importante destacar a relação da Lagoa das Panelas com a formação territorial de Bom Jesus. Essa inter-relação é tão intensa que não se pode separar a compreensão histórico-social do município sem também atentar para a importância histórico-social que a Lagoa das Panelas exerce.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SALOMÃO, PAISAGEM PERCEBIDA, PAISAGEM VIVIDA: SIMBOLISMO E DEGRADAÇÕES
AMBIENTAIS NA LAGOA DAS PANELAS - BOM JESUS-RN.
Monografia Diego Salomão Candido de Oliveira Salvador
Professor do Departamento de Geografia do CERES-UFRN
NÓBREGA, R. T. Bom Jesus: origem e emancipação. 2003. Monografia (Especialização em História do Nordeste) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, São Paulo do Potengi.
CASCUDO, L. da C. Nomes da terra: história, geografia e toponímia do Rio Grande do Norte. Coleção Cultura. Natal: Fundação José Augusto, 1968.
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