Primeiro o Governo anuncia o Fim da Miséria no Brasil, agora pretende conseguir emprego para os usuários do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal nos Estados de Minas e do Nordeste.
Veja Matéria na Integra:
Cooperação pretende oferecer 105,9 mil empregos para público do Cadastro Único no Nordeste e em Minas
Parceria entre o MDS e o Ministério do Trabalho vai possibilitar o investimento de R$ 20 milhões na rede Sine para reforçar ações voltadas aos mais pobres
O governo federal pretende fazer com que 105,9 mil pessoas de baixa renda dos nove estados da Região Nordeste e de Minas Gerais consigam emprego, até o final deste ano, por meio de parceria entre os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Trabalho e Emprego (MTE). Nesta quarta-feira (13), as duas pastas promoveram a primeira oficina com secretários estaduais de Trabalho e Assistência Social para definir a metodologia de trabalho e os cronogramas da parceria.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e o ministro do Trabalho, Brizola Neto, abriram a reunião para apresentar o Termo de Cooperação entre as duas áreas. Eles reforçaram a importância dessa parceria para atingir os objetivos do Plano Brasil Sem Miséria.
“Estamos dando um passo ousado, mas à altura da ousadia que o país tem se colocado. O Brasil está determinado a incluir a população mais pobre com a intervenção do Estado”, disse Tereza Campello. “Para esse público, de baixa renda e baixa escolaridade, o processo de inclusão produtiva é mais difícil. Apenas a oferta de vaga não resolve o problema. É nossa obrigação oferecer cursos adequados ao mercado, em um horário conveniente para o aluno. Depois de qualificá-los, temos de ajudá-los a ingressar no mundo do trabalho.”
A cooperação entre a rede de assistência social e o Sistema Nacional de Emprego (Sine) será reforçada com o investimento de R$ 20 milhões do MDS para ampliar o atendimento e o encaminhamento a vagas de emprego dos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, especialmente os beneficiários do Bolsa Família e o público do Plano Brasil Sem Miséria.
Nos últimos cinco anos, a média anual de atendimento ao público do Cadastro Único no Sine, nesses estados, foi de 436,1 mil pessoas. Com a parceria e o aporte de recursos, a estrutura da rede Sine será reforçada para ampliar em 50% esse atendimento, chegando a 654,2 mil pessoas por ano.
“O Brasil hoje vive um momento de falta de mão de obra qualificada e, ao mesmo tempo, tem um grande número de pessoas que precisam ser incluídas no mercado. Essa parceria permitirá integrar com mais força as nossas políticas de trabalho e assistência social, com a qualificação e o encaminhamento ao mercado desse público do Brasil Sem Miséria”, acrescentou Brizola Neto.
Assistência social – A intermediação pública de mão de obra, com a integração entre a assistência social e o Sine, complementa o processo de inclusão produtiva do Brasil Sem Miséria, que também inclui a qualificação profissional por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Em 2012, o Pronatec Brasil Sem Miséria, voltado a pessoas em situação de extrema pobreza, teve 266,7 mil matrículas. Até março deste ano, esse número subiu para 316,3 mil matrículas, em 320 tipos de cursos.
“Os números derrubam dois grandes mitos: primeiro, de que as pessoas pobres não querem se qualificar; segundo, de que elas não querem trabalhar”, avalia o secretário extraordinário para Superação da Extrema Pobreza do MDS, Tiago Falcão.
A cooperação com a rede Sine para intermediação de mão de obra se divide entre a identificação de municípios prioritários nos estados, a inscrição do público do Cadastro Único no Sistema Mais Emprego, o encaminhamento para entrevistas e a colocação no mercado de trabalho por meio da captação de vagas junto ao empresariado.
Os próximos passos serão a formação de comitês estaduais, envolvendo secretarias estaduais de Trabalho e de Assistência Social, unidades ofertantes de cursos do Pronatec Brasil Sem Miséria e os empresários, além da realização de oficinas estaduais para executar as ações.
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