Deve chover no Rio Grande do Norte nos meses de março, abril e maio com volume dentro da média histórica para o período. Pelo menos essa foi a conclusão a que chegaram meteorologistas de todo o Nordeste que estiveram reunidos em natal nos últimos dois dias.
A notícia, que pode parecer bem trivial, se mostra bastante quando posicionada sobre o seguinte dado: de 2012 a 2017, o estado vivenciou uma das piores secas já registradas, sempre com chuvas abaixo da média.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a média para o volume acumulado nos meses de março, abril e maio no estado é de 433,6 milímetros. Com relação às regiões, a maior média pertence à mesorregião leste, no litoral, com 533,8 milímetros.
Segundo o meteorologista Gilmar Bristot, da Emparn, foi observado que o fenômeno El Niño deve continuar, com intensidade fraca, mas ocupando uma grande área. Segundo ele, isso favorece a ocorrência de chuvas.
Além disso, os meteorologistas observaram que o aquecimento das águas do Oceano Atlântico Sul contribui para que se mantenha a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema meteorológico causador das chuvas no Norte do Nordeste durante o período de fevereiro a maio.
Desde o início do ano, pelo menos 105 municípios estão com volume acumulado de chuvas classificados como normal ou acima do normal. Para os estudiosos, isso caracteriza o início do período chuvoso no Sertão potiguar.
Além da Emparn, a reunião contou com a participação de meteorologistas da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba (AESA), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (INEMA ), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE) e da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA).
Fonte: OP9
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