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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

SP transfere Marcola e mais 21 líderes do PCC para presídios federais



O governo de São Paulo transferiu 22 presos hoje (13) para penitenciárias federais. Segundo o governo, todos são líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os detentos estavam no presídio de Presidente Venceslau, no interior do estado. Entre os transferidos, está Marcos Hebas Camacho, o Marcola, considerado o principal líder da organização criminosa.

No pedido formulado à Justiça pelo Ministério Público de São Paulo (MP), os promotores argumentam que investigações apontam para a existência de planos para tentar libertar Marcola. “Os alvos da ação já teriam gasto dezenas de milhões de dólares nesse plano, investindo fortemente em logística, compra de veículos blindados, aeronaves, material bélico, armamento de guerra e treinamento de pessoal”, afirma o documento.

O resgate estaria sendo planejado, de acordo com o MP, por Gilberto Aparecido dos Santos, um aliado de Marcola conhecido como Fuminho. Gilberto fugiu da Casa de Detenção de São Paulo em 1999 e, segundo as investigações, está atualmente estabelecido na Bolívia, de onde envia armas e drogas para o Brasil e outras partes do mundo.

Os promotores argumentam ainda que a transferência dos líderes do PCC vai dificultar a articulação do grupo criminoso. “O afastamento e isolamento inédito da liderança da facção de suas bases criminosas e de seus faccionados comandados, e portanto, de sua “zona de conforto”, dificultando assim que as ordens cheguem a outros faccionados”, diz o pedido.

A ação integra diversos órgãos estaduais e federais: as secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, a Força Aérea Brasileira (FAB), o Exército Brasileiro, a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Em novembro do ano passado, a Justiça havia autorizado, a pedido do Ministério Público, a transferência, de outros cinco líderes do PCC para presídios de segurança máxima federais.

Além da Penitenciária Federal de Brasília, existem outras quatro de segurança máxima no país: Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).


Em Mossoró, 800 militares do Exército fazem operação para garantir transferência de presos para penitenciária federal

Oitocentos militares do Exército brasileiro realizam nesta quarta-feira (13) uma operação de segurança para a transferência de detentos para a Penitenciária Federal de Mossoró, na região Oeste potiguar. Os detentos chegam ao Rio Grande do Norte vindos de presídios em Presidente Venceslau e em Presidente Bernardes, no interior de São Paulo.


Os militares devem permanecer em Mossoró até o dia 27, segundo publicação feita no Diário Oficial da União na edição desta quarta.

O decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, ainda prevê reforço de tropas federais para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, que também deve receber parte dos presos.

E uma outra parte dos detentos segue para a Penitenciária Federal de Brasília, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda.

A transferência de integrantes do PCC ocorre após o governo paulista ter descoberto um plano de fuga para os chefes e ameaças de morte ao promotor que combate a facção no interior de São Paulo. A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente.

O desembarque deve acontecer ainda nesta tarde. Contudo, ainda não se sabe quantos virão nem quem são os presos. A operação foi batizada de 'Tranca Forte'. Das duas unidades de São Paulo saíram 22 presos.

Fonte: Agencia Brasil EBC / G1RN

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